segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Eles estão entre nós!



















Demais a campanha “Abrace a Mudança”, elaborada para promover a série “Invasão Secreta” da Marvel Comics. Não acompanhei as histórias, afinal, depois de gastar meu suado dinheirinho nas frustrantes “Guerra Civil” e “Hulk Contra o Mundo”, jurei que não deixava mais o pessoal da Casa das Idéias me ludibriar de novo com outra mega-maxi-série-compre-todas-as-revistas-pra-ler-partes-da-mesma-história-idiota, e que no final “o culpado era outro”, “foi tudo um sonho” ou a velha “ressuscita lázaro”, a preferida deles. Tô fora fera.

No entanto, o papo é o seguinte, a raça alienígena Skrull ficou órfã de seu planeta natal e iniciou uma imigração em massa para a terra, infiltrando-se secretamente em nossa sociedade e vivendo entre nós. Clichê?

Os Skrulls são uma turma verde e transmorfa que pode assumir a forma de qualquer humano ou animal. Velhos inimigos do Quarteto Fantástico, X-men, etc. Depois de descobertos, a comunidade Skrull passa a viver abertamente no planeta (Especialmente em Nova Iorque, claro. Chics esses aliens não?), e a tal campanha “Abrace a Mudança” é “promovida” pela própria comunidade ET para limpar a imagem dos Skrulls entre os terráqueos. Muito legal as peças, acho que é a primeira vez que vejo uma campanha de HQ com fotos de pessoas reais, e não desenhos. Massa.

O bacana da Marvel é essa temática da tolerância e do respeito das diferenças, que já é uma marca registrada da editora, desde os conflitos mutantes em X-men nos anos 60, até questões étnicas e de minorias que fazem um paralelo com a realidade interessante pra a formação das crianças e adolescentes que crescem lendo esses gibis, e aprendem que não importa a cor da sua pele ou se você tem um par de asas nas costas ou solta raios pelos olhos, somos todos iguais. Obrigado tio Stan.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Festa Primavera Coisa Linda


















A primavera chega à Maceió, tempo de se divertir ao ar livre e curtir a boa música produzida em Alagoas. Nós do Coisa Linda Sound System aproveitamos a passagem de estação para promover mais uma de nossas animadas festas no litoral norte da capital alagoana, dentro do calendário de lançamento do disco Da Vida e do Mundo. A noite conta ainda com o eletro-rock dos Neon Night Riders e o blues do Barba de Gato, além dos sets infalíveis dos DJs Coelho e Aldo Jones. Imperdível!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Guitar Hero III humilha músicos do Coisa Linda Sound System



Adquiri o game Guitar Hero III, crente que, apesar do grande sucesso entre a molecada, provavelmente se tratava de um jogo meio bobo, infantil, e, certamente, para um músico, muito fácil de jogar. Sem graça.

Terrível engano. Aldo Jones passou pela minha casa na ocasião. Prosa, tal e coisa, testamos o tal Guitar Hero e levamos uma baita surra do joguinho. Nunca fomos tão humilhados em quase 20 anos fazendo som!

O game é bom mesmo, desafio danado pro juízo do cabra. Na prática, abstraindo os gráficos, é uma cruza de Tetris com Space Invaders no ritmo da música e acertando nas notas que correspondem às cores/botões do joystick. Na lista de músicas pra jogar, desde petardos do rock como Bulls On Parade, do Rage Against The Machine, até uns hard rock farofa como Talk Dirty to Me, cuja presença no jogo deve ser a maior fonte de renda dos caras do Poison hoje em dia.

Coquetel Molotov + Popfuzz

Jorg and The Cowboy Killers

Estive no evento Coquetel Molotov + Popfuzz em Maceió no sábado 05/09 e foi bom demais. Os shows aconteceram no palco do teatro do antigo Beagá Café, na Ponta Verde, e foi uma seleção de bandas da melhor qualidade. Representantes de novas e recicladas sonoridades que estão surgindo na cidade e surpreendem com uma música de identidade, conceito e atitude.

A idéia é fortalecer o intercâmbio com cenas musicais vizinhas, e toda iniciativa neste sentido é, no mínimo, urgente! No palco, My Midi Valentine, com um som experimental noise jazzistíco eletrônico-de-vídeo-game, bem doido! Os Neon Night Riders fizeram uma apresentação impecável e com um retorno do público que demonstra o resultado do quanto esta dupla vem realizando um bom trabalho. Belas melodias, vozes bem colocadas, guitarreira danada, muito bom.

Mas pra mim a maior surpresa foi Jorg and The Cowboy Killers, banda com uma pegada rock 90 e um vocalista que sabe gritar de com força como faz tempo eu não via! Canções bem resolvidas, arranjos barulhentos e bem bolados. Sonzeira! Além dos shows, a noite foi bem divertida mesmo. Galera compareceu ao evento, cerveja gelada, jogo do Brasil X Argentina numa TV pequenina sobre o balcão do bar.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Da Vida e do Mundo pra baixar!



































Disponibilizamos o novo disco do Coisa Linda Sound System, Da Vida e do Mundo (2009), para baixar sob licença Creative Commons no Banco de Cultura do Overmundo. Lá você também pode encontrar links para baixar algumas das canções do nosso primeiro disco, Marcelo Cabral e Trio Coisa Linda (2005).

Para baixar o novo disco, Da Vida e do Mundo, acesse aqui.
Escutem, esperamos que curtam!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Vitor Pirralho lança novo disco, Pau Brasil


O rapper Vitor Pirralho lança seu segundo disco, Pau Brasil, e apresenta o material inédito em uma série de shows no interior de Alagoas dentro do Projeto Pixinguinha. O lançamento na capital, Maceió, acontecerá no dia 12 de setembro.

Vitor é um letrista inteligente e foge dos lugares comuns do rap, que, raras exceções, limitam-se aos temas de crítica social e racismo de forma um tanto panfletária. Já o som do grupo U.N.I.D.A.D.E. fornece a sonoridade perfeita para as rimas de Vitor, com muito balanço e arranjos ainda mais certeiros que no primeiro disco, Devoração Crítica do Legado Universal, outro petardo! Música pra dançar e pensar. “Siga Lá”!

Marcelo Cabral - Você está fazendo uma série de shows em cidades do interior de Alagoas para promover o novo trabalho dentro do Projeto Pixinguinha, como Barra de Santo Antônio e a histórica Penedo. Como tem sido essa experiência?

Vitor Pirralho - Independente do número de pessoas que compõe a platéia, a idéia de expandir o som, tocá-lo em novos lugares, mostrá-lo em outros ambientes, é o que realmente instiga o artista. Falo em platéia porque o naipe do nosso som nem sempre agrada as pessoas das cidades de interior, mas sempre agrada o interior das pessoas dessas cidades que se permitem ouvir. Ou seja, a experiência sempre é válida quando se tem oportunidade de sair de um eixo e transitar por outro. O Projeto Pixinguinha proporcionou esse trânsito e sem dúvida bons frutos serão colhidos.

MC - Pau Brasil é seu segundo trabalho com o grupo U.N.I.D.A.D.E. Como está o novo disco? Nas letras, você tem um mote principal? Um conceito? Como a Antropofagia Cultural foi o norte de Devoração Crítica do Legado Universal, seu primeiro disco.

VP - Na verdade, Marcelo, a Antropofagia é sempre o norte de quem se dispõe a digerir culturas e processá-las a sua maneira. E essa é minha disposição, sempre. O velho jeitinho gaiato brasileiro de ser, se apropriando do que interessa. Mas posso te dizer que nesse disco a Antropofagia vem de forma mais veemente. No primeiro há citações antropofágicas, no que está por vir há práticas antropofágicas. E o mote do disco, eu diria, é a evolução da colonização, que vem das grandes navegações aos grandes meios de comunicação, dos autos jesuíticos ao google. De como o branco chega ao Brasil trazendo negros subjugados à força física e da mesma maneira subjuga quem já estava aqui, os indígenas. E desse inusitado sincretismo, entre canibalismos e assassinatos, faz-se o grande carnaval que é o Brasil.

MC - Recentemente assisti na Tv Cultura o show de vocês no palco do Itaú Cultural em São Paulo. Muito bom, aliás! Como foi a recepção ao seu rap praieiro por lá?

VP - Para minha surpresa a recepção foi mais do que eu esperava. Sabia que haveria um respeito pelo som, por sua veracidade, é possível não apreciar algo, mas respeitá-lo pelo modo como se apresenta, mas na verdade houve uma assimilação, além do respeito, sabe? As pessoas curtiram, aplaudiram de pé. Foi muito bom! Acho que esse estilo praieiro, como você falou, levou outros ares, uma brisa do mar, para o cinza de São Paulo.



MC - Quais as suas impressões sobre o movimento hip-hop em Maceió? Você estabelece alguma conexão com este cenário ainda tímido aqui no estado?

VP - Há uma já batida problemática em torno desta questão. O movimento H2 em Maceió continua e, muito provavelmente, continuará tímido, como você bem colocou, se não houver uma tentativa de expansão por parte de quem faz o movimento. Se você escutar uma música de rap produzida em Maceió sem saber que ela foi feita aqui e por pessoas daqui, muito provavelmente você chegará à conclusão de que se trata de um rap paulista, entendeu? É pré-fabricado, é cópia do estilo, das gírias, até do sotaque, há uma imitação no jeito de agir. Percebe? E é aí que entra a crucial Antropofagia, eu gosto do estilo rap paulista, mas eu não o copio, eu faço proveito dele, ponho no liquidificador com o Guerreiro, com o Coco, com o Reisado, e tiro o caldo. Canto minha real. Cantar problemas sociais, como assaltos, assassinatos, violência, é necessário (e o rap é um bom instrumento de denúncia), mas tem que ser autêntico, truta! Morô? (risos) O próprio rap paulista fez uso da Antropofagia, mesmo sem saber do que se trata - mas na percepção da necessidade de fazê-lo, quando o rap gringo chega ao Brasil (SP), logo a rapaziada tratou de moldá-lo ao contexto local. Isso deve ser feito por essas paragens de cá. Antropofagiando o Oswald de Andrade: "Só a Antropofagia nos une..."

MC - Segundo disco disparado no mundo, quais as planos pro futuro próximo?

VP - Bom, a idéia que me vem é que música é harém, então tomara que ele seja bastante usado e abusado, devorado, consumido, explorado, no maior raio possível. Não faço planos para o futuro porque no meu caso não existe agenda, compromissos, turnê, distribuição nacional ou internacional do nosso disco, a não ser pela net, contratos, programas de TV ou rádio, entendeu? Sou mais um artista que produz arte pela necessidade mesmo de se expressar. Parafraseando a escritora cearense Rachel de Queiroz, que, ao ser perguntada por uma jornalista numa entrevista por que ela não abandonou a literatura se sua preferência era o jornalismo, ela genialmente responde: "Você já ficou grávida? Quando se está grávida é imperativo parir." Fazer um som pra mim é exatamente isso. O que se pode fazer é criar expectativas, essas são várias, e correr atrás para arrumar meios de transformar essas expectativas em concreto, em algo palpável. A situação dos músicos brasileiros, da maioria, não é nada glamorosa, né não Marcelo? Só quem corre é que se cansa (risos).

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Se a marca é Sica, bons produtos indica









O cartunista gaúcho Rafael Sica figura hoje entre os grandes nomes da HQ nacional. Sica Já fez trabalhos como Ilustrador em publicações como a Revista Super Interessante, colabora com a Revista Picabu e mantém um blog onde podemos acompanhar a trajetória dos seus quadrinhos diariamente, desde a fase mais colorida e humorística aos seus trabalhos mais recentes de quadrinhos “mudos”, mais cinzentos e ácidos que em outros momentos da produção do artista. Cada vez melhor!

Com um traço muito particular e temáticas que apresentam o cotidiano de forma nada convencional, Sica realiza uma obra autoral de grande força. Vale a pena conferir.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Coisa Linda Sound System no palco Maceió Viva Cultura



Próximo domingo, 06/09, estaremos no palco do projeto Maceió Viva Cultura, no Posto 7, Praia de Jatiúca, dentro do calendário de lançamento do novo disco do Coisa Linda Sound System, Da Vida e do Mundo. Mais informações sobre a programação desta 14ª edição do Viva Cultura, no site da Fundação Cultural Cidade de Maceió.