sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Coisa Linda Sound System ao vivo em Penedo

Após lançar o disco Rochedo de Penedo e rodar um videoclipe na cidade histórica, a banda se apresenta no Festival Gastronômico do Baixo São Francisco.

Penedo. Cidade histórica ao sul de Alagoas, nas margens do velho Rio São Francisco. Lugar de paisagens incríveis e sabores marcantes. Estive na cidade para uma apresentação da nossa banda, Coisa Linda Sound System, na programação do Festival Gastronômico do Baixo São Francisco, onde a verdadeira atração é este réptil mágico, este animal delicioso, ele, o jacaré!

Comigo, meus comparsas musicais, Dinho Zampier, Aldo Jones e Felipe Gomes, nosso vegetariano de plantão, que não se deliciou com nenhum dos animais comidos neste evento, como siris, camarões e outros bichos.

Chegamos à tarde de sábado, 29 de outubro, data do nosso show, e guardamos nossas bagagens no albergue da Universidade Federal de Alagoas, com uma vista espetacular do Velho Chico. O curso de Turismo produz o evento gastronômico há quatro anos em Penedo, cidade que inspirou, ao lado do Rio São Francisco, o nosso novo disco, Rochedo de Penedo, o terceiro do Coisa Linda Sound System.

Recentemente também lançamos um videoclipe rodado na cidade, e o convite para tocarmos no festival surgiu em um bom momento, até porque estávamos com muita fome! De palco, e de prato.

Seguimos para a passagem de som. O palco era bacana e o som parecia bom, um verdadeiro milagre, considerando as roubadas que costumamos enfrentar nas tocadas em Alagoas e outros Estados. A atmosfera era de beleza e poesia. O pôr do sol, o rio em tons prateados, o centro histórico, e uma jacarezada para mil pessoas sendo preparada neste cenário!

Feito com dendê e leite de coco, trata-se de uma muqueca meu amigo, das melhores. A parte mais apreciada do nosso querido réptil é a cauda, onde se encontra uma carne perfeita, saborosa e distinta. Em geral, as pessoas tem esta necessidade de comparar,”parece peixe” diz um, “bacalhau do São Francisco”, chama o outro. Para mim, tem um gosto de jacaré danado! Diferente de tudo.

Depois de uma longa espera, finalmente mandamos o jacaré pra dentro, servido em um pratinho de plástico, trazido ao palco pelos produtores. Agora sim, passamos o som satisfeitos, e fomos nos preparar para o show mais tarde.

Som e sabor

Contrariando todas as expectativas de tocar no interior de Alagoas para um público que não conhecia o nosso trabalho, fomos surpreendidos por um show perfeito, e uma receptividade positiva do público, que comprou um bocado de discos após a apresentação. Uma noite e tanto para a banda.

Animados, seguimos comendo e bebendo após o show, cerveja e umas cachaças artesanais que distribuíram por lá. Enquanto os camaradas do Alma de Borracha faziam um som, circulamos pelas barraquinhas de comida do evento, onde os comerciantes locais faziam a festa. O dinheiro circulando e as bocas salivando. Bonito de ver. Segui o conselho da amiga Melissa Mota, secretaria de infraestrutura do município, e mandei um pastel de siri na Barraca do Siri. Uma delícia frita, crocante, recheada com filé de siri e catupiry cremoso. Se é leve? Não meu caro! Nem a pau!

Ainda iríamos a alguns bares, comer mais, beber mais. E assim terminou uma noite perfeita. A manhã seguinte nos aguardava com uma ressaca assassina, que seria curada pelo almoço, a convite de Melissa: Uma camarãozada maravilhosa, e claro, mais jacaré, preparados pela Dona Vera, no restaurante Forte Maurício de Nassau. Agora, hora de dormir. Valeu Penedo.

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