sábado, 11 de julho de 2015

Mental - Mental Problems (1992 - 2000)


Banda alagoana dos anos 90, com influências de punk rock e hardcore, mas que sempre definiu seu som como "rock doideira". O Mental Problems, posteriormente apenas Mental, lançou 3 demo-tapes: Mrs. White Sand (1993 - 1a formação), Bullshit… So What?! (1994 - 2a formação) e Piuí (1997 - 3a formação), além do disco homônimo Mental (2000 - última formação). Todos produções independentes. A banda se apresentou em diversos palcos em Maceió durante a década de 90, como na festa de lançamento da MTV em Alagoas, espaços culturais da Praça Sinimbu e UESA, e em casas como Banana Pub e Jaraguá Art Studio, nesta última, o grupo fez uma apresentação memorável com as bandas Devotos e Eddie. O Mental Problems também tocou em Satuba, no interior do estado, e em São Paulo, em um dos mais emblemáticos bares de rock do país, o Black Jack Bar. As demo-tapes da banda receberam ótimas críticas na extinta revista nacional Rock Brigade, e a demo Bullshit… So What?! agradou Kid Vinil, que tocava o rock doideira alagoano em seu programa de Rádio na capital paulista. O Mental integrou uma efervecente cena musical em Maceió durante os anos 90, ao lado dos amigos de bandas como Dread, Living in the Shit e Ball, além de manter contato e intercâmbio artístico constante com fanzines, revistas, rádios e bandas de outros Estados. 1992 - 2000. Foto por Daniel Baboo. Da esquerda pra direita: Marcelo Cabral (baixo/voz), Ulisses Douglas (bateria) e Alvinho Cabral (guitarra). Para acessar a página memorial da banda com mp3, fotos, capas de discos e demos, visite http://facebook.com/mentalrock 

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Brasil


O brilhante Marcatti, um dos mais importantes autores de quadrinhos no país, produziu esta capa para o disco Brasil (1989), do Ratos de Porão (o melhor disco deles, na minha opinião). A imagem é profética. É o Brasil de Eduardo Cunha. É o Brasil de hoje. É o Brasil de julho de 2015. Assustador como a imagem era atual em 1989 e atual… pô… factual em 2015! Muito, muito triste... 

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Com Rodamundo - São Paulo - 2009

São Paulo - Parece que foi ontem… mas foi em 2009. Lembro de sair da casa do Sergio Soffiatti, onde estavamos terminando de masterizar o disco Da Vida e do Mundo, do Coisa Linda Sound System, e fui encontrar a turma do Rodamundo pra tirar esse som aí. 

sábado, 27 de setembro de 2014

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

A Garagem é no Quintal #3

Sensacional o Garagem no Quintal, ontem, no Quintal Culturall, na Cambona, espaço bacana demais e que promove uma ação cultural mais que relevante na periferia de Maceió. Apesar de solenemente ignorado pela "imprensa cultural" alagoana, o evento foi um sucesso, o público compareceu e curtiu muito (viva o facebook e o Sirva-se Cultura Alternativa!). Foram três bandas incríveis, além do lendário ZEFIRINA BOMBA (PB), banda com trajetória de turnês europeias e nos E.U.A., tive a oportunidade de conhecer a diversão hardcore do The Doses Oficial, banda do Benedito Bentes, muito massa mesmo. Nós do MC+20 abrimos a festa com um show paulada na moleira, com canções do nosso EP (baixe em http://marcelocabral.tnb.art.br/ ), além de algumas músicas do Coisa Linda Sound System e do Mental, minha banda lá nos já distantes anos 90. Curtimos muito. Valeu Felipe Gomes e parabéns para nossa guitarrista Melinna Guedes pela iniciativa da produção, quebra tudo garota!!! A foto é do Caíque Guimarães que também participou da produção do evento. E viva o underground!!! Hey Ho!

segunda-feira, 24 de março de 2014

Nick e a música imortal



Uma boa forma de alcançar, em algum grau, uma certa imortalidade, é escrever canções. Sempre acreditei nisso.

Cris Braun e Billy Brandão demonstraram minha teoria nas noites de 18 e 19 de março, no Espaço SESC Copacabana, quando pintaram de rosa a lua sobre o céu do Rio de Janeiro, ao recordarem a obra de Nick Drake, autor de Pink Moon, em um show absolutamente arrebatador, comovente, lindo, lindo demais…

"Nick" foi o nome do show e do compositor folk inglês que, frustrado e sem reconhecimento, morreu em 1974, aos 26 anos. Segundo o atestado de óbito, ele cometeu suicídio ao consumir uma mistura de anti-depressivos, "em uma casinha, em uma cidadezinha qualquer da Inglaterra", como diz Cris durante a apresentação.

Sem dúvida, a história do compositor é muito triste, ou "irônica" como ela mesma comenta, ao recordar sobre um certo reconhecimento tardio da obra de Drake, quando sua música, Pink Moon, foi veiculada em uma propaganda de carro para TV, em 1999. "Que ironia, um suicida vendendo carro", dispara Cris Braun, ao mesmo tempo com graça e melancolia.

Mas além da tristeza que envolve a curta e produtiva trajetória de Nick Drake, apesar da morte prematura, existe a confirmação dessa magia, essa coisa da imortalidade da qual falei. Quer dizer, o cara morreu sem reconhecimento, frustrado e deprimido aos 26, ciente de seu talento e da força criativa de sua arte, e ainda assim, mais de 30 anos depois de sua morte, uma outra artista incrível, do outro lado do Oceano Atlântico, no hemisfério oposto, consegue reunir um monte de gente ao redor da sua música.

É a arte como caminho para a imortalidade.

O que é bom e atemporal, fica, não tem como impedir. É como se tivesse vida própria, uma força além do seu criador, para sobreviver e resistir, até que algum diretor ou editor audiovisual resolva usar aquela canção como trilha sonora de uma propaganda de carro, ou seja lá o que for. Alguém vai ouvir, vai lembrar, vai tocar. Afinal, música de verdade, que toca o coração das pessoas, é feita com a alma, e a alma, como a canção, é imortal. Amém.

Durante duas noites, fãs orfãos de Drake e pessoas que nunca tinham ouvido falar no cara, receberam esse presente de Cris Braun e seu parceiro musical, Billy Brandão. Destaque para a formação precisa de cordas, os arranjos brilhantes executados por Billy Brandão e João Gaspar, e em especial, o violoncelo de Hugo Pilger, que conferiu a atmosfera exata para a sonoridade das canções. O roteiro do espetáculo é de Rodrigo Penna, e os textos que conduzem a apresentação são assinados pelo jornalista Arthur Dapieve. A direção musical e os arranjos são de Billy Brandão.

Tenho certeza que, assim como eu, várias pessoas que receberam esse presente deles, está ouvindo Pink Moon sem parar, em algum "Full Album" de Youtube e agradecendo a você, Cris Braun, a quem tenho orgulho de chamar de amiga. Eu te agradeço, acredito que Nick Drake também.

Bravo!!!